quinta-feira, 17 de junho de 2010

Os Computadores São Benéficos Para O Desempenho Escolar?

Os Computadores São Benéficos Para O Desempenho Escolar?
Filed Under Tecnologia

                                                                Posted on Março 20, 2008


No debate sobre novas tecnologias e educação, há autores que defendem que os computadores são benéficos para o desempenho escolar dos(as) estudantes. Outros, pelo contrário, afirmam que esta é mais uma ideologia e precisaria de mais pesquisas na área para analisar a influência do computador no desempenho escolar.
É inegável que o MEC anda proporcionando políticas públicas de ampliação da Internet Banda Larga para as escolas públicas. Aqui neste blog inclusive publicamos uma matéria sobre isto.

acabei de ler o artigo: “Desvendando mitos: os computadores e o desempenho no sistema escolar”. Através de uma análise bibliográfica internacional, os autores questionam as hipóteses de que os computadores são benéficos para o desempenho escolar e médio.

Ora, aqui não se trata de fazer uma opção, ou ato de fé. O pressuposto de que os computadores impulsionam o desempenho escolar não são mais do que pressupostos. Eu acredito que os computadores, como novos instrumentos tecnológicos, assim como foi a história da invenção da caneta esferográfica, do lápis de escrever, do caderno de notas na história da educação, os computadores vem marcando uma nova maneira de se pensar a educação.

Porém, tratá-los como automaticamente responsáveis pelo aumento do desempenho escolar seria no mínimo um absurdo. Os computadores não irão ser a solução para a baixa qualidade profissional do(a) professor(a), o baixo investimento na melhoria da qualidade do profissional da educação, da melhoria dos prédios escolares, das bibliotecas, das quadras de esporte, etc.
Por outro lado, hoje em dia já é inconcebível viver sem um endereço eletrônico (EMAIL). Ou seja, as tecnologias da informação, por exemplo, acopladas ao uso do computador, já estão incrustadas no cotidiano comercial, empresarial, político, educacional.
Mas eu falo tudo isto muito mais por observação do que embasado em pesquisa empírica. Por isto, convido os leitores do blog a comentarem as suas observações: Os Computadores São Benéficos Para O Desempenho Escolar?
desempenho escolar educação novas tecnologias Tecnologia

Texto retirado do site- http://www.soprando.net/tecnologia/os-computadores-sao-beneficos-para-o-desempenho-escolar

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Christianne Navarro , junho 2010

Em cima destas primeiras leituras, comecei  a ir a campo e conversar com alguns alunos de uma das nossas escolas da Rede  Municipal de Salvador  e constatei que :

A pesquisa que comecei com alguns  alunos, sobre o uso do computador no desempenho escolar foi satisfatória, pois o computador influencia muito na realização dos trabalhos escolares.


O que pude inicialmente observar foi que,   eles  não usam o computador e nem a internet para fazer trabalhos,  a escola  disponibiliza de  computador e eles usam com Programas Educacionais, todos em cima do lúdico
Sinalizaram que eles não possuem computadores em casa e que aproveitam  o horário da escola para poder brincar e aprender com o computador,jogar e conversar com os colegas no MSN e no Orkut ou em Lan House proxima de suas casas.


Percebe-se de um modo geral que o uso das tecnologias se faz necessário e  faz um link muito importante para o desempenho escolar das crianças, pois através dela a criança desenvolve o seu aprendizado,  a coordenação motora,  o raciocínio e a concentração .
As novas Tecnologias auxiliam na leitura e no aprendizado dos nossos alunos com muito mais facilidade.
 
 









                                                        

Novas Tecnologias e o pápel do Professor

Artigo publicado no jornal "Folha de S. Paulo" de 22 de março de 2000.



Novas tecnologias e o papel do professor


GABRIEL MÁRIO RODRIGUES

Subscrito por grupo expressivo de intelectuais da época, como Fernando Azevedo, Anísio Teixeira, Roquette Pinto, Cecília Meireles, Menotti del Picchia, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho e outras personalidades, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, em 1932, propugnava que o ensino, para maior aproveitamento dos alunos, deveria ser complementado, além da biblioteca, por noticiários de jornais, rádio e cinema, meios mais tarde acrescidos pela TV, pelo vídeo e por gravações.

Tais idéias foram efetivamente muito pouco agregadas à sala de aula, ainda hoje contida entre quatro paredes, o quadro negro, o livro e a fala do professor. Contrapunham-se à proposta a comodidade em manter o "status quo", o preço dos equipamentos e da produção e, em particular, o estigma da extinção do papel do professor. Na realidade, tudo significava mais trabalho, mais dispêndio econômico e a quebra das barreiras estruturais. Nestes dez últimos anos, as instituições particulares de ensino fundamental, médio e superior têm priorizado novos projetos físicos em suas instalações, para maior conforto dos alunos. O computador já é um elemento natural ao ambiente escolar, mas a sala de aula ainda está baseada na comunicação oral e centrada no professor.

No momento em que as tecnologias de informação e comunicação revolucionam o mundo, o ensino não pode se constituir na exceção à regra, principalmente quando é notório que o acesso às redes, sejam internas ou a seja própria Internet, é cada vez mais democrático, e os equipamentos necessários, cada vez mais acessíveis. A Internet, "rede das redes", permite contatos interpessoais e acesso a informações em tempo real, quase sem limitações de tempo e espaço. Esse recurso tecnológico pode ser aplicado tanto no ensino presencial quanto à distância, modificando, principalmente, os papéis do professor e do aluno, o foco do aprender no lugar do ensinar e a distinção entre informação e conhecimento. Segundo o professor José A. Valente, da Unicamp, "informação é o fato, é o dado que encontramos nas publicações, na Internet ou trocando informações. O conhecimento é a informação interpretada, relacionada e processada". No paradigma antigo, o professor ensina quando transmite a informação ao aluno e este consegue memorizá-la. No atual, o aluno aprende quando constrói o conhecimento interagindo no mundo dos objetos e das pessoas. Deixando claros esses conceitos e principalmente a mudança (não a extinção) da figura do professor, a transformação educacional vai ocorrer, não porque a escola assim o deseje, mas porque a geração de crianças entre 8 e 12 anos hoje navega com facilidade pela Internet. Bem orientadas, essas crianças são capazes de interpretar informações e aprender sozinhas. Como o diploma não é mais um fim, a escola que não ficar atenta a essas mudanças sucumbirá. O advento da Internet, síntese das mídias, tende a transformar a aula presencial, não só pela argumentação acima, mas principalmente pela quebra das barreiras de distância e tempo. Hoje é possível reunir, pela rede, alunos de cidades e países diferentes. No Brasil, tal metodologia é aplicada tanto na escola secundária como na universidade. Faculdades e universidades estão implantando a sala virtual no ensino presencial. Todo o programa de uma disciplina, seus objetivos e o desenvolvimento das aulas estão no computador. Os trabalhos e as pesquisas feitos pelos alunos, suas indagações, os grupos de discussão, enfim tudo interage enquanto o professor orienta e acompanha, para que todos possam aprender. Dentro do mesmo princípio, salas estão sendo organizadas para reunir as propostas de trabalho de diretores, coordenadores e professores no espaço virtual, o que nem sempre se mostra possível no espaço real. Há instituições que eliminaram os laboratórios de computação. Os alunos possuem laptops e, em qualquer parte da escola, estão plugados ao mundo. Disciplinas de maior conteúdo teórico podem ser adequadamente preparadas, orientadas e fornecidas à distância. Em Stanford (EUA), as aulas são gravadas e, ao seu término, já estão na Internet. Quem faltou as recupera. No momento em que o ensino presencial transforma-se pela tecnologia, viabiliza o ensino à distância. As tecnologias de rede e outros recursos pedagógicos podem ser complementados por revistas, artigos de jornais, livros, áudios, vídeos, CDs e videoconferências, tal como um dia imaginaram os formuladores da Escola Nova em 1932. A transmissão da informação é construída dia a dia, de uma nova maneira, com conteúdos apropriados. Estamos, portanto, diante de nova pedagogia, em que o ensino e a aprendizagem estão centrados na tela e no novo papel do professor, a quem cabe a função de orientar. No Brasil, país de extensão continental, esse novo contexto pode vencer os desafios de criar recursos humanos mais bem preparados.

A tecnologia facilita a transmissão da informação, mas o papel do professor continua e continuará sendo fundamental para auxiliar o aluno a construir o conhecimento. Os que não entenderem essa nova realidade correm o risco de ser substituídos por uma máquina. O professor que trabalhar mais como um facilitador será insubstituível e inesquecível, como até hoje é, para qualquer um de nós, a figura da primeira professora.


Gabriel Mário Rodrigues, 67, arquiteto, é reitor da Universidade Anhembi Morumbi, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.

4 passos da alfabetização digital

                                            4 passos da alfabetização digital

Para ser incluído na Sociedade da Informação, é preciso falar a língua da tecnologia

                                                                                                                                                                          1)

1)Estar incluído digitalmente


Em primeiro lugar, é preciso estar “incluído”. Isso significa ter acesso a um computador e à internet. A construção de telecentros em bairros periféricos, por exemplo, tanto pela iniciativa pública quanto privada é altamente necessária neste contexto. O uso de softwares livres, os programas de computador que podem ser baixados livremente na internet sem a necessidade de pagar por eles, também é outro ponto importante, pois baixa drasticamente o custo de instalação de programas no computador.

Para medir a inclusão digital num país, não basta quantificar o número de computadores por casa. Este método é bastante usado, mas não é um indicador preciso. Outras medidas importam, como o tempo que o indivíduo tem para acessar a rede, a qualidade do acesso e a constante atualização de hardware, a parte física dos computadores, e de softwares, os programas que usamos. Além disso, o potencial de aproveitamento da inclusão digital dependerá diretamente da capacidade de leitura e interpretação da informação pelo usuário. Assim, combater a exclusão escolar é também combater a exclusão digital. A alfabetização básica é o início da oportunidade de condições para o uso do computador e da internet.


2) Dominar a tecnologia: conhecimento do hardware e de diversos softwares

Depois de ter acesso, aprender o funcionamento básico do hardware, ou como funciona a parte física do computador, é o primeiro passo para se ter domínio sobre com salvar e transportar informação para outros computadores. Saber que existe uma memória rígida na máquina, onde gravamos o conteúdo que nos interessa, por exemplo, e depois quais são e como usar os dispositivos móveis de memória, como o CD-ROM, o disco removível (pen drive), possibilita uma primeira apropriação do computador.


Em paralelo a este conhecimento, é preciso desenvolver o aprendizado dos softwares, os programas que se usa para diversas funções. Para elaborar um currículo é necessário aprender a manipular um “processador de texto”. O mais conhecido deles é o "Word", programa da empresa Microsoft. O Word está dentro de um conjunto de aplicativos para computador chamado "Office", que reúne outros programas muito usados no mercado atual de trabalho: o Excel, para desenvolver planilhas de cálculos e organizar diversos dados e o Power Point, muito usado para a apresentação de resultados ou projetos em empresas e cursos. Depois, para mandar o currículo elaborado, é preciso saber usar um navegador na internet, usado para a visualização das páginas, como o Firefox e o Internet Explorer.

Outra alternativa é usar o pacote "Open Office", conjunto de softwares gratuitos, possíveis de serem acessados através da internet. Este treinamento básico geralmente é oferecido em cursos para iniciantes, tanto em escolas pagas, como em iniciativas gratuitas nos Telecentros, por exemplo.


3) Adquirir conhecimentos e habilidades para buscar, selecionar, analisar, compreender e recriar informações acessíveis digitalmente

Se você retira um livro na biblioteca, identifica rapidamente quem é o autor, quais os outros livros ele escreveu, lê a orelha da capa e já sabe o que esperar do conteúdo. Na internet, em um ambiente com milhares de páginas de conteúdo que aparecem de forma fragmentada, contextualizar a informação que se acessa através de buscadores como o Google não é tarefa das mais fáceis. Por isso, conhecer as principais formas de busca de informação na internet, ter critérios para selecionar e reconhecer qual é o volume de informações necessário para resolver determinado problema, analisá-las e compreendê-las de forma crítica, assim como não acreditar piamente em tudo que está escrito antes de interpretar o contexto é fundamental para aproveitar com qualidade o grande banco de dados que é a rede.


Usar de forma eficaz a informação encontrada em função de um objetivo previamente determinado é um parâmetro para identificar um bom desenvolvimento nestas competências. Às vezes, achamos um site e acreditamos que ele é a única fonte daquelas informações. Mas é preciso tomar cuidado, pois muitas vezes o que está ali pode ter sido copiado de qualquer outro lugar, até de um livro, e não apresentar a referência correta. Saber identificar isso é fundamental para o uso da internet como fonte de pesquisas escolares, e é necessário "alfabetizar" os jovens neste uso.

Na sala de aula, uma forma de incentivar o desenvolvimento destas habilidades é fazer com que o aluno construa um pequeno banco de dados de informações sobre um determinado tema, selecionando o que é importante e o que não .


4) Usar a tecnologia no cotidiano, não só como entretenimento e consumo, mas também como meios de expressão e comunicação com a comunidade

Aprender a partilhar informação em redes sociais, fóruns de discussão, e-mails, blogs e sites é outra função importante da alfabetização digital. Em uma pesquisa sobre exclusão digital feita pelos pesquisadores Bernardo Sorj e Luís Eduardo Guedes, as pessoas que acessavam a internet pela primeira vezes nas favelas do Rio de Janeiro tinham dificuldade em mandar e-mail, pois suas redes de relações sociais não estavam incluídos digitalmente. Então como partilhar informações com a comunidade se ela não está online?


Cada rede social e ferramenta de publicação na internet é direcionada para um determinado tipo de experiência, apesar das pessoas poderem fazer o uso que quiserem destas ferramentas. Um blog pode ser um diário online, um caderno de receitas aberto, ter textos de ficção ou jornalísticos, e pode ser também usado para fins educativos. O Orkut pode ser usado para conhecer pessoas e conhecê-las no mundo real, ou não. A amizade pode ser virtual e trazer novas informações para os envolvidos. Já um site serve como um arquivo de textos, informações, fotos, enfim, tudo o que o autor quiser disponibilizar para seu público leitor.

A mais nova ferramenta que mistura mensagem instântanea, como uma mensagem de texto no celular, blog e rede social é o Twitter. É só acessar e criar um cadastro gratuito. Depois disso, é possível importar contatos que estão nos e-mails pessoais e começar a "seguir" seus amigos, que serão a sua rede social. Você poderá ver todo o conteúdo digitado pelas pessoas seguidas, e vice-versa: quem segue você pode ver o que você escreve.

Links:


Para entrar em redes Sociais
http://www.orkut.com/
http://www.facebook.com/
http://www.myspace.com/
http://www.twitter.com/

Para fazer Blogs

http://blogspot.com/
http://wordpress.com/

Para fazer sites

http://br.geocities.yahoo.com/
http://www.freewebs.com/


Estes textos foram retirados do site -http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/alfabetizacao-digital

                                                         






                                                                                                                 
                                                           

                                         

Para ser incluído na Sociedade da Informação, é preciso falar a língua da tecnologia

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

Ser alfabetizado, saber ler, escrever e as quatro operações matemáticas, já se sabe há muito tempo, é requisito para a plena inserção do cidadão na sociedade. Mas, na medida em que a sociedade se


organiza cada vez mais em torno da internet, criando a "Sociedade da Informação", outra alfabetização além desta é necessária: a alfabetização digital. Assim como não aprendemos automaticamente a escrever quando ganhamos uma caneta ou um lápis, também não aprendemos a usar todas as potencialidades do computador e da internet sem um treinamento adequado.


Quais são as habilidades chaves desta nova alfabetização? A aprendizagem de ferramentas de comunicação digital e a existência de redes para acessar, manipular, criar e avaliar informação, segundo a Comissão Européia para a promoção da alfabetização digital. Ou, como define o educador Celso Niskier: "aprender a colaborar, aprender a usar a informação, aprender a resolver problemas e aprender a aprender".

Texto retirado do site -http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/alfabetizacao-digital-

Por onde começar? Quando meus alunos precisam estar alfabetizados? Pode-se alfabetizar na Educação Infantil?

                                                                ALFABETIZAÇÃO                                                                    
Inserir todas as crianças de seis anos em um ambiente alfabetizador foi um dos principais objetivos da aprovação do Ensino Fundamental de 9 anos, em fevereiro de 2006. A medida beneficiou crianças que não tinham acesso à Educação Infantil, ficando, muitas vezes, completamente distantes da cultura escrita - o que poderia representar um obstáculo para a sua experiência futura de alfabetização.


Um fator determinante para a alfabetização é a crença do professor de que o aluno pode aprender, independentemente de sua condição social", diz Antônio Augusto Gomes Batista, diretor do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse olhar do docente abre as portas do mundo da escrita para os que vêm de ambientes que não ofereceram essa bagagem.


No município de São José dos Campos (SP), professores de Educação Infantil tentam evitar essa defasagem, lendo diariamente para os pequenos. Assim, por meio de brincadeiras, criam situações das quais a língua escrita faz parte. Já em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, duas especialistas de Língua Portuguesa e Ciências tiveram de correr atrás do prejuízo com turmas de 5ª série que ainda apresentavam problemas de escrita. Para isso, aliaram muita leitura a um trabalho sobre prevenção à aids, que fazia sentido para eles e tinha uma função social.


Com base nessas experiências, relatadas a seguir, e na opinião de especialistas, respondemos a nove questões sobre alfabetização, mostrando ser possível formar leitores e escritores competentes em qualquer estágio do desenvolvimento.

Texto retirado do site - http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/dicas-alfabetizacao-

domingo, 6 de junho de 2010

Tecnologias e Novas Educações

PRETTO, Nelson; PINTO,Cláudio da Costa. Tecnologias e Novas Educações. Revista Brasileira de Educação. v 11, 2006. http://www.diaadia.pr.gov.br/ead/arquivos/File/Textos/Pretto.pdf.Acesso disponível em: 27 de janeiro de 2009.



Tecnologia e novas educações


O artigo faz uma breve analise da sociedade contemporânea, a partir das transformações no mundo em todas áreas do conhecimento, da cultura e da vida social. Questiona a existência de paradigmas, e se os mesmos são capazes de explicar os fenômenos naturais e sociais. Da sequência tratando das formas de organização da sociedade e como elas se modificam com os chamados processos de organização, passando de uma organização de comando vertical em que há necessidade de uma instância superior, para uma organização horizontal em rede onde não existe mais uma pessoa estática no topo do organograma. A internet é um exemplo disso, chamada de rede das redes favorece a organização horizontal em rede, pois possibilita uma maior interação entre os indivíduos e a troca de informações entre os mesmos alterando também a relação espaço/tempo.

Para as pessoas terem garantido o acesso o texto traz a necessidade de democratização do acesso, para tal é de fundamental importância políticas públicas que garantam ele, pensar em soluções coletivas e públicas. Também é feito uma analise sobre o número de pessoas conectadas, e percebe que ainda existe uma exclusão digital apesar do crescimento dos usuários que continuam sendo os que estão em situação privilegiada. Outro ponto tocado no texto, porém não desenvolvido é o monopólio das chamadas culturas de massa e a chamada pseudoligação que essa concentração possibilita., trazendo para todos os setores da sociedade uma perspectiva consumista e individualista, fortalecendo a teoria de uma hierarquização e a ausência de praticas colaborativas. Tem no ciberespaço a perspectiva para novas possibilidades de cooperação, de utiização de metodos e estruturas na internet.

Aborda as produções colaborativas como uma dimensão fundamental para educação, trazendo as tecnologias coletivas ou tecnologias da inteligência como potencializadoras para isso, por serem elementos estruturantes de uma nova forma de ser, pensar e viver. Não são apenas ferramentas, interferem na vida e cotidiano do ser humano a ponto de interferi no próprio sentido da existência humana. A parti dai surgi uma discussão sobre a relação do homem-máquina, considerando que hoje essa relação é de um encadeamento do homem e da máquina e não mais uma relação de subordinação entre um ou outro, demonstrando como isso está presente no nosso cotidiano. As tecnologias da inteligência tem mexido com todos nós, especialmente os educadores, exemplo disso são os cyborgs. As tecnlogias passam a operar, portanto, em uma dimensão diferente das antigas, de extensão dos sentidos do homem, passando a operar com as idéias. Dessa maneira desconstruindo a ideia da existência de um centro transmissor de conhecimentos para a uma periferia, retoma então o ponto central do trabalho "a necessidade de deslocar o centro de produção de culturas e conhecimentos do centro".

O segundo tópico deste trabalho trata sobre a crise da educação, introduz com o questionamento do ideal de educação como sendo formar pessoas para a vida, cidadania e trabalho e como seria isso numa sociedade em constante movimento. Diante da velocidade dos avanços tecnologicos não existe mais uma competência, daí a necessidade dos profissionais se requalificarem constantemente para continuarem ativos, atendendo a demanda da sociedade. O aprendizado torna-se permanente para o profissional, o que acaba sendo um desafio, pois precisa aprender e produzir ao mesmo tempo e sem sair do local. Sucsita um discussão da dimensão do espaço local, tomando como pilar a internet que é um elemento modificador do conceito de local, já que com ela podemos trabalhar, estudar e realizar diversas atividades ao mesmo tempo e em qualquer lugar. As máquina agora são elementos que interagem com o homem, possibilita a socialização dando origem a inteligência coletiva no ciberespaço e a formação de novas tribos.O conhecimento é construido de maneira personalizada, não existe mais uma etabilidade, o ser é incompleto, são caracteristicas da atualidade que demanda novas "educações".

O terceiro tópico do texto trata do computador, a internet e as novas educações. Traz as tecnologias e as questões das novas educações numa perspectiva curricular, não no sentido de explorar as potencialidades das tecnologias e sim trazê-las como elementos fundantes desse processo, daí a discussão dos processos horizontais, coletivos, instáveis. A internet, a dinâmica da rede, entra articulado a educação como elemento fundante. Articula os processos de cooperação, sincronidade na aprendizagem, trazendo exemplos desses processos com o Projeto Irecê e Subprojeto Salvador com seus indicadores. Eles seriam caracteristicas da concepção de curriculo em que as tecnologias aparecem como estrututantes, fundamentando a ideia das novas educações num curriculo hipertextual, sem estruturas fixas e estaveis. Pensar na tecnologia não como mercadoria, mas como uma ferramenta que permiti as pessoas serem cidadãos e consumidores, emissores e receptores de saber e informação, autônomos e em rede.

Este resumo foi construído a partir das leituras e discussões no grupo de estudos, sistematizado por Leila Silva.

Última atualização: sexta, 22 maio 2009, 11:22

                                                                 

tecnologia e Novas Educações

O artigo analisa a sociedade contemporânea, a partir das transformações do mundo científico, tecnológico, cultural, social e educacional, com o objetivo de fazer uma crítica a este. Considera importante a re-aproximação entre a cultura e a educação, entendidas no plural, e destas com as tecnologias da informação e comunicação (TIC). Aborda os avanços das TIC e os movimentos de concentração na propriedade dos meios de comunicação de massa, faz a sua crítica, e apresenta as propostas em andamento na Faculdade de Educação da UFBA para a formação de professores, considerando a necessidade de se repensar o sistema educacional, principalmente no que diz respeito às questões curriculares. Destaca a importância do movimento do software livre, enquanto portador de filosofia centrada na cooperação e no trabalho coletivo, ressaltando a importância desse movimento para a educação.

Nelson Pretto; Cláudio da Costa Pinto**

Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação