domingo, 6 de junho de 2010

Tecnologias e Novas Educações

PRETTO, Nelson; PINTO,Cláudio da Costa. Tecnologias e Novas Educações. Revista Brasileira de Educação. v 11, 2006. http://www.diaadia.pr.gov.br/ead/arquivos/File/Textos/Pretto.pdf.Acesso disponível em: 27 de janeiro de 2009.



Tecnologia e novas educações


O artigo faz uma breve analise da sociedade contemporânea, a partir das transformações no mundo em todas áreas do conhecimento, da cultura e da vida social. Questiona a existência de paradigmas, e se os mesmos são capazes de explicar os fenômenos naturais e sociais. Da sequência tratando das formas de organização da sociedade e como elas se modificam com os chamados processos de organização, passando de uma organização de comando vertical em que há necessidade de uma instância superior, para uma organização horizontal em rede onde não existe mais uma pessoa estática no topo do organograma. A internet é um exemplo disso, chamada de rede das redes favorece a organização horizontal em rede, pois possibilita uma maior interação entre os indivíduos e a troca de informações entre os mesmos alterando também a relação espaço/tempo.

Para as pessoas terem garantido o acesso o texto traz a necessidade de democratização do acesso, para tal é de fundamental importância políticas públicas que garantam ele, pensar em soluções coletivas e públicas. Também é feito uma analise sobre o número de pessoas conectadas, e percebe que ainda existe uma exclusão digital apesar do crescimento dos usuários que continuam sendo os que estão em situação privilegiada. Outro ponto tocado no texto, porém não desenvolvido é o monopólio das chamadas culturas de massa e a chamada pseudoligação que essa concentração possibilita., trazendo para todos os setores da sociedade uma perspectiva consumista e individualista, fortalecendo a teoria de uma hierarquização e a ausência de praticas colaborativas. Tem no ciberespaço a perspectiva para novas possibilidades de cooperação, de utiização de metodos e estruturas na internet.

Aborda as produções colaborativas como uma dimensão fundamental para educação, trazendo as tecnologias coletivas ou tecnologias da inteligência como potencializadoras para isso, por serem elementos estruturantes de uma nova forma de ser, pensar e viver. Não são apenas ferramentas, interferem na vida e cotidiano do ser humano a ponto de interferi no próprio sentido da existência humana. A parti dai surgi uma discussão sobre a relação do homem-máquina, considerando que hoje essa relação é de um encadeamento do homem e da máquina e não mais uma relação de subordinação entre um ou outro, demonstrando como isso está presente no nosso cotidiano. As tecnologias da inteligência tem mexido com todos nós, especialmente os educadores, exemplo disso são os cyborgs. As tecnlogias passam a operar, portanto, em uma dimensão diferente das antigas, de extensão dos sentidos do homem, passando a operar com as idéias. Dessa maneira desconstruindo a ideia da existência de um centro transmissor de conhecimentos para a uma periferia, retoma então o ponto central do trabalho "a necessidade de deslocar o centro de produção de culturas e conhecimentos do centro".

O segundo tópico deste trabalho trata sobre a crise da educação, introduz com o questionamento do ideal de educação como sendo formar pessoas para a vida, cidadania e trabalho e como seria isso numa sociedade em constante movimento. Diante da velocidade dos avanços tecnologicos não existe mais uma competência, daí a necessidade dos profissionais se requalificarem constantemente para continuarem ativos, atendendo a demanda da sociedade. O aprendizado torna-se permanente para o profissional, o que acaba sendo um desafio, pois precisa aprender e produzir ao mesmo tempo e sem sair do local. Sucsita um discussão da dimensão do espaço local, tomando como pilar a internet que é um elemento modificador do conceito de local, já que com ela podemos trabalhar, estudar e realizar diversas atividades ao mesmo tempo e em qualquer lugar. As máquina agora são elementos que interagem com o homem, possibilita a socialização dando origem a inteligência coletiva no ciberespaço e a formação de novas tribos.O conhecimento é construido de maneira personalizada, não existe mais uma etabilidade, o ser é incompleto, são caracteristicas da atualidade que demanda novas "educações".

O terceiro tópico do texto trata do computador, a internet e as novas educações. Traz as tecnologias e as questões das novas educações numa perspectiva curricular, não no sentido de explorar as potencialidades das tecnologias e sim trazê-las como elementos fundantes desse processo, daí a discussão dos processos horizontais, coletivos, instáveis. A internet, a dinâmica da rede, entra articulado a educação como elemento fundante. Articula os processos de cooperação, sincronidade na aprendizagem, trazendo exemplos desses processos com o Projeto Irecê e Subprojeto Salvador com seus indicadores. Eles seriam caracteristicas da concepção de curriculo em que as tecnologias aparecem como estrututantes, fundamentando a ideia das novas educações num curriculo hipertextual, sem estruturas fixas e estaveis. Pensar na tecnologia não como mercadoria, mas como uma ferramenta que permiti as pessoas serem cidadãos e consumidores, emissores e receptores de saber e informação, autônomos e em rede.

Este resumo foi construído a partir das leituras e discussões no grupo de estudos, sistematizado por Leila Silva.

Última atualização: sexta, 22 maio 2009, 11:22

                                                                 

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